Na cidade de São Domingos (Maranhão) o Grupo de defesa aos direitos LBGT local foi surpreendido com a queima de outdoor que haviam anunciado em Comemoração ao Dia Internacional de Combate a homofobia.
Muiiiito bom, mais uma indicação de Fábio Nader (sócio é pra essas coisas):
Uma grande TV foi montada em uma parada de ônibus, e o Photoshop Artist Erik Johansson ficou dentro de uma van com todo o equipamento necessário para retocar e modificar as fotos de quem estivesse esperando o ônibus. Veja o vídeo:
Segundo dados da EMBRATUR, um dos destinos turísticos no exterior mais procurado por turistas brasileiros é a capital portenha Buenos Aires. Dependendo de onde se resida no Brasil, visitar a cidade é mais barato e prático que muitos outros importantes destinos nacionais.
Para quem deseja conhecer a rica cultura argentina não faltam opções: são diversos museus e centros culturais, cafés, restaurantes, apresentações de tango etc. A cidade possui ainda locais emblemáticos como a região do Obelisco. Sem dúvida esta é uma das regiões com maior fluxo de pedestres e veículos do país, e, como não poderia ser diferente, os anseios públicos e privados prezam a existência de diferenciais na região para chamar a atenção dos turistas. Um exemplo desses diferenciais é a instalação de palco para shows variados aos finais de semana, outro, é a existência de grande quantidade de painéis publicitários na região, em especial as pantallas electronicas. A empresaAtacama possui dois painéis desse tipo em frente ao Obelisco, um de 90 m² e outro de 60 m², ambas no lado ímpar da avenida. Do mesmo lado da rua existe um painel com cerca de 66 m² que transmite publicidade e informações sobre o mercado financeiro. Além destes três painéis, em junho de 2010 a Coca-Cola argentina instalou na face de quase todo o prédio da Av. Carlos Pellegrini com a Diagonal Norte uma “televisão gigante” com aproximadamente 570 m² divididos em duas faces (uma de 21 x 21 m e outra de 6 x 21 m). Segundo informações dos jornais locais, o governo local não só autorizou a instalação como classificou a iniciativa como primeiro passo para criar na região uma espécie de “Times Square Sul-americana”. O investimento da Coca-Cola foi de aproximadamente US$ 7 milhões.
Contudo, por conta de denúncia de deputados que alegaram que a grande luminosidade do painel ocasionaria riscos na segurança viária e que o corpo de bombeiros havia verificado problemas de segurança o painel foi desligado dias após sua inauguração.
Durante os anos de 2011 e 2012 um imbróglio processual se seguiu. Após grande disputa, o painel da Coca-Cola foi ligado em junho de 2012 e o que vemos a partir do Hotel Republica é um verdadeiro show de cores e imagens.
Segundo depoimento de um dos mais antigos empresários de mídia exterior, Valentim Germano Sola, São Paulo também teve sua “Times Square” no Vale do Anhangabaú, sobretudo nos anos 50 e 60: “Você ia lá a noite para passear, para ver a publicidade”. Essa região, que é ícone no processo de verticalização da cidade, apresentava grande quantidade de painéis em neon nos topos dos prédios.
Como se percebe, o ideário do “Times Square” é coisa antiga: Transmite a sensação de qualificação e curiosidade. Ao mesmo tempo vale ressaltar que a mídia exterior gera sentimentos e simbologias, daí decorre a responsabilidade de se imprimir na paisagem elementos que colaborem com a estética, história e cultura dos lugares.
“Times Square Paulistana” anos 50 – Vale do Anhangabaú
Sérgio Rizo, sócio da RS Projetos é geógrafo, Mestre em Ciências para integração da América Latina (USP) e professor universitário. Escreveu o livro “A mídia exterior na cidade de São Paulo” (Necrópolis, 2008).
O Secovi-SP recebeu do Ministério Público do Trabalho da 2ª Região/SP a Notificação Recomendatória nº 120995/2012, nos seguintes termos:
“O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, diante dos preceitos legais supra referidos e com intuito de assegurar o cumprimento ao princípio da proteção integral que resguarde os direitos da criança e do adolescente, agasalhado pelo Texto Constitucional,RECOMENDA ao Senhor PRESIDENTE DO SECOVI, para que informe as empresas de compra, venda, locação e administração de imóveis residenciais e comerciais de São Paulo representadas pelo sindicato mencionado, acerca dos malefícios do trabalho desempenhado aos adolescentes, bem como da proibição legal ao emprego de CRIANÇAS E ADOLESCENTES para a distribuição de material jornalístico ou publicitário nas ruas, para promover lançamentos imobiliários, seja través de contratação direta ou indireta dos mesmos, inclusive dentro dos empreendimentos imobiliários, com o intuito de coibir a utilização de crianças ou adolescentes para fins de atividades exploratórias, PREPONDERANTEMENTE portando placa indicativa da localidade do prédio objeto do negócio a céu aberto”
Assim, o Sindicato da Habitação de São Paulo, norteado por seu permanente posicionamento pelalegalidade, alerta as empresas quanto ao cumprimento dos preceitos legais vigentes que proíbem a contratação de trabalho infantil.
Execução do trabalho de intervenção urbana realizada no dia 02/09/2011 como atividade avaliativa da disciplina de Fundamentos da Linguagem Visual. Baseados no apólogo de Machado de Assis “A linha e a agulha” os alunos propuseram que as pessoas se manifestem em relação ao meio em que se inserem.
Discentes do Curso de Design: Felipe Augusto, Larissa Trindade, Renata Lima, Rita Amorim e Tiago de Sousa.
Um Apólogo
Machado de Assis
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
É muito interessante que é através da mídia exterior que os populares conseguem distribuir sua mensagem de indignação. Aqui no Mídia Geográfica temos muitos outros exemplos desse tipo de ação em tudo quanto é canto desse país…
Outdoor Nova Andradina
No último domingo (28) comerciantes e empresários de Nova Andradina, iniciaram um protesto por causa da onda de assaltos. Eles começaram a espalhar outdoors pela cidade denunciando o problema.
Interessante entrevista do Sr. Claudio Cariboni sobre o movimento “11 tá bom” que luta contra Projeto de lei que prevê aumento de quase 100% na quantidade de vereadores da cidade. Ao fundo campanha em outdoor ilustrando os 11 vereadores atuais e o respectivo slogan:
Trecho: “O processo é sempre o mesmo. Sob o codinome Invader e com uma coleção de azulejos na mala, ele estuda o mapa da cidade, compra cimento na loja de construção mais próxima e espera a noite chegar para cobrir muros e viadutos com mosaicos em forma de “space invaders”, personagens do videogame homônimo do final dos anos 70.
“É a minha missão poética”, disse à Folha o artista, que não revela o nome real.”